quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Análise do perfil de automedicação em mulheres idosas brasileiras


Análise do perfil de automedicação em mulheres idosas brasileiras

A população de idosos brasileiros vem crescendo muito como conseqüência do aumento da expectativa de vida, estes idosos são provavelmente o grupo mais exposto à polifarmacoterapia na sociedade. A média de medicamentos utilizados por estes indivíduos é de dois a cinco medicamentos.
Alguns estudos têm demonstrado que as mulheres, em relação à idade, formam o grupo social que mais utiliza medicamentos, provavelmente por conseqüência de um pior estado funcional e de saúde auto-referidos e evidenciado por maior número de sintomas de depressão e hospitalizações.
Estima-se que 30% das admissões hospitalares de pacientes idosos são relacionadas a problemas com medicamentos, incluindo efeitos tóxicos advindos do seu uso.
No Brasil, o impacto dos problemas com medicamentos sobre as internações de idosos permanece por ser determinado.
Apesar de não ser um fenômeno único da modernidade, o consumo de medicamentos sem prescrição tem se tornado uma prática comum na população brasileira em todos os grupos etários. A sociedade se encontra excessivamente exposta à propaganda de medicamentos, sem ter o devido esclarecimento sobre os riscos associados ao seu uso.
Foi considerado automedicação o consumo declarado por cada idosa de medicamentos: i) sem prescrição por profissional habilitado, ii) indicados por leigos ou vendedores em farmácias e drogarias, e/ou iii) reaproveitados de terapias anteriores ou preparados de forma caseira (chás, pós, infusões, etc).
Assim sendo, as formas de interação medicamentosa encontradas são relevantes para o estado de saúde do idoso, haja vista que idosos normalmente apresentam-se mais susceptíveis aos efeitos terapêuticos e nocivos dos fármacos devido às alterações fisiológicas que acompanham o envelhecimento.
O presente estudo revela ainda como a prática da automedicação pode constituir fator de risco para problemas relacionados a medicamentos. Conforme observado, a utilização de medicamentos sem indicação por profissional habilitado pode aumentar o número de substâncias usadas por idosas, levando ao mascaramento de sintomas, a interações medicamentosas e a efeitos adversos possíveis.
A comercialização e consumo, sem qualquer tipo de barreira, de medicamentos sujeitos a prescrição e que envolvem risco à saúde sugerem a necessidade de regulamentação e fiscalização mais rigorosas da comercialização e dispensação de medicamentos no Brasil.











Ciência & Saúde Coletiva
Ciênc. saúde coletiva v.13 n.4 Rio de Janeiro jul./ago. 2008
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232008000400018&lng=pt&nrm=iso
Curso de Farmácia, Universidade Católica de Brasília
IICurso de Ciências Farmacêuticas, Faculdade de Ciências da Saúde, Universidade de Brasília
IIIPrograma de Pós-Graduação em Gerontologia, Universidade Católica de Brasília

Consumo de medicamentos e internet: análise crítica de uma comunidade virtual


Consumo de medicamentos e internet: análise crítica de uma comunidade virtual



O uso indiscriminado e indevido de medicamentos constitui um grave problema de saúde pública, principalmente nos casos de automedicação, ou seja, na ausência de prescrição médica. Da mesma forma, a reutilização de receitas antigas pode ser caracterizada como automedicação, uma vez que o medicamento em questão pode não ser necessariamente de uso continuado.
A automedicação, assim como a prescrição errônea, pode resultar em efeitos indesejáveis, desde o mascaramento de doenças em evolução até o surgimento de enfermidades iatrogênicas.
A informação encontrada em sites e grupos de discussão, principalmente aqueles destinados a discutir doenças, é a principal responsável pela promoção da automedicação na internet. Muitas vezes, informações como indicação e posologia estão disponíveis, permitindo que um indivíduo inicie um tratamento sem uma prévia consulta ao médico e o correto diagnóstico.
As informações sobre os riscos dos medicamentos e efeitos colaterais estão sonegadas ou subestimadas nos sites, recaindo sobre o consumidor o julgamento se a informação é de qualidade e confiável, o que para um indivíduo sem conhecimento técnico torna-se difícil.
A internet amplia vertiginosamente o acesso do indivíduo à comunicação, ao entretenimento e à informação. Através da rede, comunidades virtuais surgem para troca de experiências numa escala sem precedentes.
O perfil encontrado nesse estudo foi de jovens entre 18 e 20 anos, predominantemente do sexo masculino e com escolaridade média. Verificou-se a partir da análise dos comentários, uma tendência ao consumo de 16 a 20 drágeas do medicamento e outras drogas para atingir os efeitos desejados, acompanhadas ou não de álcool, com o predomínio dos seguintes efeitos: alucinações visuais, insônia e distúrbios gastrointestinais. Pôde-se identificar nos diálogos, duas correntes: uma, que incentiva seu uso não-terapêutico e outra, que o desaconselha.
Uma comunidade virtual organizada em torno da discussão de uso não-terapêutico de um medicamento pode contribuir para a sua promoção, principalmente em jovens. Tal fato reforça a necessidade de maiores campanhas de alerta sobre a automedicação e o cumprimento das leis sanitárias pelas farmácias e drogarias e o fortalecimento das ações de vigilância e fiscalização.
A naturalidade expressa pelos indivíduos ao relatarem um uso não-terapêutico de um medicamento sugere a necessidade de intensificação das campanhas de alerta sobre os perigos da automedicação e de maior atenção sobre a promoção do uso indevido de medicamentos, principalmente na internet.

















Revista da Associação Médica Brasileira
Rev. Assoc. Med. Bras. v.54 n.3 São
Paulo maio/jun. 2008
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-42302008000300015&lng=pt&nrm=iso
João Fábio R. de Souza*; Carmem L. C. Marinho; Maria Cristina R. Guilam

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Farmacovigilância e reações adversas às plantas medicinais e fitoterápicas: uma realidade


Atualmente, o uso de fitoterápicos e remédios a base de plantas medicinais vêm ganhando vários adeptos. Seu já conhecido efeito terapêutico atrai pessoas que prezam por um estilo de vida saudável, livre dos efeitos tóxicos normalmente conhecidos pelo uso constante de fármacos alopáticos.
Porém, o uso indiscriminado e sem orientação do médico ou nutricionista vêm trazendo alguns efeitos adversos diante da utilização de alguns remédios fitoterápicos.
A maior parte dos fitoterápicos que são utilizados atualmente por automedicação não tem o seu perfil tóxico bem conhecido (Capasso et al., 2000; Veiga-Junior VF 2008), Por outro lado, a utilização inadequada de um produto, mesmo de baixa toxicidade, pode induzir problemas graves desde que existam outros fatores de risco tais como contra-indicações ou uso concomitante de outros medicamentos (Coelho, 1998; Cordeiro et al., 2005; Amorim et al., 2007).
Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde) 65 a 80% da população mundial, especialmente em países em desenvolvimento, ainda confiam nos produtos a base de plantas medicinais no tratamento de suas doenças, ou utiliza a medicina tradicional (ou alternativa, não convencional, não ortodoxa ou medicina complementar) na atenção primaria à saúde (Rahman & Singhal, 2002). Esses produtos são utilizados para várias finalidades, sob diversas combinações (com medicamentos alopáticos, homeopáticos, entre outros) baseadas em evidências históricas ou pessoais, onde geralmente não é atribuído nenhum evento adverso (Calixto, 2000; Funari & Ferro, 2005).
O aumento no número de reações adversas é possivelmente justificado pelo aumento do uso de plantas medicinais (Gallo et al., 2000). Mais de 5000 suspeitas de reações adversas relacionadas ao uso de ervas foram informadas a OMS antes de 1996. Entre janeiro de 1993 e outubro de 1998, 2621 eventos adversos, incluindo 101 mortes, associadas com suplementos dietéticos foram informadas ao FDA, porém esses eventos adversos não foram bem reportados porque não há nos Estados Unidos nenhum sistema de monitorização como ocorre com os medicamentos convencionais (Adusumilli et al., 2002). Outro fator que contribui para não notificação são os médicos que sempre não reconhecem eventos adversos associados com o uso de fitoterápicos e que os pacientes não informam o uso de plantas durante a consulta (Rahman & Singhal, 2002; Adusumilli et al., 2002).
Em 1998, De Smet propôs um sistema de Classificação ATC (Classificação Anatômico-Terapêutica) de plantas medicinais com estruturas completamente compatíveis com um sistema regular. Foram divididos grupos de acordo com seu uso terapêutico a fim de evitar efeitos adversos a plantas medicinais como toxicidade, overdose e uso prolongado, interações com outros fármacos, reações alérgicas, miscelânea e substituições, falta de padronização, contaminação, adulteração, estocagem incorreta e rotulagem inapropriada.
Um dos objetivos principais da farmacovigilância é a detecção dos efeitos indesejáveis desconhecidos dos medicamentos e contribuir para a redução dos efeitos adversa na utilização destes, através de um acompanhamento sistemático.
Também ficou constatado, que é extremamente necessária a divulgação do programa de farmacovigilância entre os profissionais de saúde principalmente entre aqueles que prestam serviços de atenção primária, com o objetivo de alertar a comunidade do uso racional dos fitoterápicos.

Referências:
Rev. bras. farmacogn. vol.18 no.4 João Pessoa Oct./Dec. 2008; Patrícia Fernandes da Silveira*; Mary Anne Medeiros Bandeira; Paulo Sérgio Dourado Arrais
http://www.comciencia.br/reportagens/fito/fito1.htm acessado em 26 de setembro de 2009 ás 11:21.

Prevalência do uso de medicamentos na gravidez e relações com as características maternas


No Brasil há crescente prática da automedicação, que somada a geniosidade do marketing, expõem inúmeras pessoas ao perigo. Perigo este que aumenta durante o período gestacional, Gestantes devem ter cuidado redobrado ao tomar medicamentos,Pois o uso indiscriminado do mesmo pode causar efeitos danosos no feto resultando em toxicidade com possíveis lesões irreversíveis .Em um estudo foi feito para verificada a prevalência do uso de medicamentos, durante a gravidez, em 1.620 mulheres que deram à luz em cinco hospitais de atendimento público, privado ou conveniado, da cidade de São Paulo, de julho a setembro de 1993 tendo como foco as características maternas, grupos farmacológicos e fonte de indicação.A relação entre escolaridade materna e atendimento hospitalar revelou desigualdade social no acesso aos diversos tipos de serviço de assistência ao parto. A prevalência do uso de pelo menos um medicamento foi de 97,6%, com média de 4,2 medicamentos por mulher. A prevalência do uso de medicamentos por indicação médica e por automedicação foi de 94,9% e 33,5%, respectivamente. As medicações mais usadas, excluindo-se as vitaminas, sais minerais e vacinas, foram os analgésicos, antiácidos, antieméticos e antiespasmódicos. Usuárias com maior uso de medicamentos tiveram as seguintes características: acima de 29 anos de idade, casadas, terceiro grau completo, atividade remunerada e acesso aos serviços privados de saúde. A assistência médica desempenhou papel facilitador no acesso ao uso de medicamentos durante o período gestacional. As mulheres deveriam ser conscientizadas dos riscos em potencial a que expõem seus fetos ao fazerem uso de tantas medicações. O pré-natalista deveria repensar seu papel diante desta problemática.


Referências:
Keila R O Gomes, Antonio F Moron, Rebeca de Souza e Silva e Arnaldo Augusto Franco de Siqueira;Departamento de Saúde Materno-Infantil da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo. São Paulo, SP - Brasil (KROG, AFM, AAFS); Departamento de Medicina Preventiva da Universidade Federal de São Paulo. São Paulo, SP - Brasil (RSS)

domingo, 8 de novembro de 2009

Chá de Camomila

Matricaria chamomilla var. recutita é uma planta herbácea, anual, aromática, pertencente à família Asteraceae, nativa dos campos da Europa e aclimatada em algumas regiões da Ásia e nos países latinos. A parte da planta utilizada para fins terapêuticos é constituída dos seus capítulos florais secos. A partir de suas flores, se obtém óleo essencial contendo camazuleno, camaviolono e abisabolol. As flores de camomila possuem terpenóides e lactonas sesquiterpênicas com atividades biológicas, polissacarídeos imunoestimulantes, ésteres bicíclicos com atividade espasmolítica, flavonóides de ação bacteriostática e tricomonicidas, e a apigenina com propriedades ansiolítica e sedativa. A quercetina é um flavonóide presente na camomila com diversas propriedades; tais como antiinflamatória, antivirótica, antioxidante e antimicrobiana.
As propriedades curativas da flor de camomila vêm sendo apreciadas desde os tempos dos antigos egípcios, romanos e gregos. Das duas variedades básicas, a eurasiana é a mais usada (e barata). Ambas são seguras, eficazes e não tóxicas.
Os ingredientes da camomila são biologicamente ativos, de maneira que justificam os muitos benefícios descritos ao longo dos séculos.
Apresenta propriedades até opostas: o chá das flores de camomila é calmante, mas também tônico. Eis uma planta maravilhosa para a digestão, a insuficiência gástrica, os espasmos estomacais e a diarréia infantil causada pelo excesso de calor.
Basta 01 colher de chá de flores de camomila em 01 xícara de água fervente, que se toma em 02 vezes, para se sentir alívio. Tomando 1hora antes do jantar, aguça o apetite. Caso se queira fazer uma quantidade maior de chá, a fórmula é: 30 flores para 1 litro de água fervente. Deixa-se curtir durante 15 minutos e côa.



Referências:


Rosenfeld, Isadore. O guia de medicina alternativa o que funciona, o que não funciona e o que é melhor para você. Rio de Janeiro. 1999.


Weil, Robert. As ervas que curam. Ed.Groud. 1991.


De Souza,José Roberto P .; Rocha,Juliana N.;Melo, Juliana M.;Nixdorf, Suzana Lucy. Ação do estresse térmico na sobrevivência de mudas e produção de camomila originadas de sementes importadas e nacionais. Associação Brasileira de Olericultura

AUTO MEDICAÇÃO EM CRIANÇAS E ADOLESC.ENTES



AUTO MEDICAÇÃO EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES.


O conceito de automedicação abrange as diversas formas pelas quais o individuo ou responsáveis decidem sem avaliação médica, o medicamento e como irão utilizá-los para alivio sintomática e “cura’’ compartilhando qualquer tipo de fármacos com outros membros da família ou circulo social, utilizando prescrições antigas ou descumprindo a prescrição do profissional de saúde.
Um estudo feito em cidades no interior do estado de São Paulo,especificamente nas cidades de Limeira e Piracicaba,revelou o alto índice de automedicação entre crianças e adolescentes em tais locais.
Os domicílios foram selecionados de maneira aleatória, os dados foram coletados por seis entrevistadores previamente treinados em estudo piloto para validação da coleta, empregando um questionário com perguntas abertas e fechadas.
Dentre as variáveis, foram considerados dois conjuntos: sócio-demograficas e utilização de serviços saúde pública ou privada.
Os resultados mostraram que a idade media dos indivíduos automedicados foi de 5,2 á 9,6 anos e de 6,6 á 4,9 anos naqueles que utilizaram medicamentos segundo a prescrição médica.
A maioria dos participantes residia em casas de alvenaria (98,4%) e possuía rede de esgoto (98,1%), rede publica de abastecimento de água (98,8%) e serviço publico de coleta de lixo (98,8%).
As principais situações de saúde que motivaram a automedicação foram tosse, resfriado, comum, gripe, congestão nasal ou bronco espasmo (17,2%); febre (15%), diarréia, má digestão e cólica abdominal (9%). Na automedicação, 51% dos medicamentos foram indicados pela mãe e 7,8% pelos pais, 20,1% por funcionários de farmácia, 15,3% decorreram da utilização de prescrições médicas antigas para a criança ou outro membro da família e 1,8% decorrentes de influências da mídia.

Os resultados encontrados no presente estudo confirmam a alta prevalência de automedicação em crianças e adolescentes, o que se torna um fator preocupante para a sociedade. Tal atitude tem sido atribuída a papeis sociais da família, dentre eles, o de prover a saúde dos seus filhos.
Tal discussão reforça a necessidade de uma política publica para a definição de intervenções e estratégias de promoção da saúde,trazendo programas que visem a conscientização da população frente á automedicação,mostrando os riscos que ela poderá trazer.

Fontes:
Jornal de Pediatria; Porto Alegre, Set/Out 2007; Francis S.V.T Pereira;Fabio Bucaretchi;Celso Stephan;Ricardo Cordeiro;Automedicação em crianças e adolescentes.

http://inovabrasil.blogspot.com/2007/12/pesquisa-revela-prevalncia-de.html acessado em 24 de setembro de 2009 ás 20:30.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009


Análise das internações hospitalares de crianças menores de um ano relacionadas a intoxicações e efeitos adversos de medicamentos no Brasil


A sociedade moderna atribui um alto valor ao consumo de medicamentos na sua prática cotidiana, onde muitos acreditam comprar "saúde" no balcão de uma farmácia.O mercado constantemente oferece novidades terapêuticas, e alguns medicamentos já existentes ganham novas indicações de uso. Para consumir cada vez mais os medicamentos existentes no mercado, a população sofre pressão de diferentes setores, como a indústria farmacêutica, as agências de publicidade e as empresas de comunicação. Este excesso de consumo eleva o número de intoxicações e efeitos adversos; afinal, é sabido que todo medicamento apresenta um potencial de risco.As crianças estão inseridas nesta realidade. Segundo um estudo realizado por Silva et al.6, existe um alto consumo de medicamentos em praticamente todas as faixas etárias. Este estudo também revela que, na ausência de orientação médica, a mãe aparece como a principal orientadora do consumo de medicamentos. Diante da importância das intoxicações medicamentosas em crianças menores de um ano e pelo fato desta faixa etária ser pouco explorada pela literatura, pretende-se identificar os grupos de medicamentos mais envolvidos com as internações relacionadas a intoxicações e efeitos adversos nesse grupo etário, associando-os com a idade das crianças subdivididas em dias e meses e com as possíveis causas capazes de justificá-las.É importante ressaltar que os casos de intoxicação e efeito adverso de medicamento abordados nesse estudo são provenientes de internações hospitalares e, portanto, sugerem maior gravidade. Dessa forma, comparações com dados provenientes de outras fontes devem ser feitas com ressalvas. As internações registradas com idade de zero dias suscitam alguns questionamentos que vão desde a qualidade do registro desta idade até as causas de uma intoxicação ou efeito adverso de medicamento em uma idade tão tenra.É importante que todas as medicações utilizadas na faixa etária pediátrica tenham as suas doses calculadas corretamente, baseadas no peso da criança.No período compreendido entre os anos de 2003 a 2005, 1.063 crianças menores de um ano foram internadas em hospitais públicos ou conveniados do país em conseqüência direta ou indireta de intoxicações ou efeitos adversos de medicamentos. Ao trabalhar com crianças menores de 1 ano, as intoxicações acidentais causadas pelas próprias crianças, tão comuns na faixa etária de 1 a 4 anos.As principais causas capazes de justificar as ocorrências de internações de crianças menores de 1 ano, relacionadas a intoxicações por medicamentos, foram: erros de administração, prescrições médicas inadequadas, administração de medicamentos feita pelos responsáveis sem orientação médica, abstinência e, sobretudo, o uso materno de medicamentos, com ou sem orientação médica, que acaba intoxicando a criança por via transplacentária ou aleitamento.


Referências:
Marise de Araújo LessaI; Rosany BochnerII;Análise das internações hospitalares de crianças menores de um ano relacionadas a intoxicações e efeitos adversos de medicamentos no Brasil;Rev. bras. epidemiol. v.11 n.4 São Paulo dez. 2008