terça-feira, 29 de setembro de 2009

Qual a orientação para o paciente quanto ao uso racional de medicamentos para o tratamento da obesidade?










Qual a orientação para o paciente quanto ao uso racional de medicamentos para o tratamento da obesidade?

O tratamento farmacológico só se justifica em conjunção com orientação dietética e mudanças de estilo de vida. Os fármacos somente ajudam a aumentar a aderência dos pacientes a mudanças nutricionais e comportamentais. Dessa forma, o tratamento com o uso de medicamentos não cura a obesidade. Quando a terapia é descontinuada ou suspensa, pode ocorrer reganho de peso. Portanto, o paciente deve ser supervisionado e receber orientações constantes de médicos, nutricionistas, farmacêuticos e profissionais de educação física durante o seu tratamento. O farmacêutico durante a prestação da atenção farmacêutica pode medir a circunferência abdominal do paciente em tratamento com um agente antiobesidade. Quando esta for ≥ 102 cm em homens e ≥ 88 cm em mulheres, orientá-lo quanto ao risco de aparecimento de outras complicações, conforme já foi discutido anteriormente. Outro procedimento que também pode ser realizado é o cálculo do índice de massa corpórea (IMC), com o objetivo de avaliar o risco de aparecimento de outras co - morbidades. E por fim, o farmacêutico pode orientar quanto às possíveis interações medicamentosas, de acordo com o medicamento que o paciente está utilizando, tais como.

Interação com os anorexígenos:

Quando os hipoglicemiantes orais e/ou insulina são utilizados com os medicamentos anorexígenos, as concentrações de glicose no sangue podem ser alteradas, sendo necessário realizar ajustes posológicos do hipoglicemiante; a clonidina, metildopa e reserpina, quando são utilizadas simultaneamente com anorexígenos, podem diminuir os efeitos hipotensores; o uso com inibidores da monoamino-oxidase (IMAO) pode potencializar os efeitos simpatomiméticos dos anorexígenos, ocasionando, possivelmente, crises hipertensivas (respeitar um período superior a 15 dias após a interrupção do uso de IMAO antes de iniciar o tratamento com anorexígenos); a interação com hormônios tireoideanos aumenta a estimulação do SNC e, com fenotiazina (ex: clorpromazina), produz efeito antagônico, anulando a sua ação anorexígena;

• Orlistate:

A administração em conjunto com orlistate diminui a absorção das vitaminas D, E e beta; pode ocorrer diminuição dos níveis plasmáticos de ciclosporina durante a administração concomitante de orlistate; quando orlistate é administrado com amiodarona, pode ocorrer uma redução de 25-30% na exposição sistêmica da amiodarona, reduzindo possivelmente o seu efeito terapêutico;

• Cloridrato de sibutramina monoidratado:

Interações farmacocinéticas com fármacos que inibem o citocromo P-450 3A4 (eritromicina, cimetidina, cetoconazol), podem aumentar as concentrações plasmáticas de sibutramina; o uso concomitante de sibutramina e medicamentos que contêm substâncias como a efedrina ou pseudoefedrina, pode aumentar a pressão arterial e a freqüência cardíaca; a sibutramina não altera a eficácia dos contraceptivos orais; cautela quando a sibutramina for administrada com outras drogas de ação central

Referencias:

Halpern A, Mancini M. Tratamento medicamentoso atual. Arq Bras Endocrinol Metab. 2002 Out; 46 (5) : 497-513.

Programa de desenvolvimento profissional ao farmacêutico, Módulo I, disponível em www.eupossomesmo.com.br , acesso: 14/09/2009, Cartilha desenvolvida pela Medley

Page C, Curtis M et al. Farmacologia Integrada. Manole: 2ª. edição brasileira. 2004.


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segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Quando se justifica o uso de um medicamento para o tratamento da obesidade?









Quando se justifica o uso de um medicamento para o tratamento da obesidade?



O tratamento farmacológico da obesidade está indicado quando o paciente tem um índice de massa corporal (IMC) maior que 30, ou quando o indivíduo tem doenças associadas ao excesso de peso com IMC superior a 25 em situações em que o tratamento com dieta, aumento da atividade física e modificações comportamentais não foram suficientes.

Os medicamentos atualmente disponíveis para tratamento da obesidade podem ser classificados de acordo com seu modo de ação.

As medicações com propriedade de inibir a ingestão de alimentos podem ser divididas em grupos: catecolaminérgicos, que incluem os clássicos inibidores do apetite e agem reduzindo a fome; os serotoninérgicos e catecolaminérgicos, que atuam reduzindo a ingestão alimentar por aumentarem a saciedade e, por isso, são chamados de sacietógenos; e os inibidores de absorção de gorduras.



Catecolaminérgicos (anorexígenos) -

Substâncias que promovem a liberação de neurotransmissores como a noradrenalina

e dopamina e, conseqüentemente, aumentam a neurotransmissão catecolaminérgica

no SNC.



Catecolaminérgicos e serotoninérgicos


Substâncias que promovem a inibição da recaptação neuronal de serotonina e noradrenalina e, conseqüentemente, aumentam a neurotransmissão serotoninérgica e catecolaminérgica no SNC.



Cloridrato de sibutramina monoidratado

O cloridrato de sibutramina monoidratado é um agente quimicamente novo. Primariamente desenvolvido para o tratamento da depressão, não se mostrou eficaz em estudos controlados por placebo em pacientes deprimidos. No entanto, demonstrou uma perda de peso clinicamente significativa nos estudos originais, alterando seu desenvolvimento para um agente antiobesidade.

A sibutramina inibe a recaptação da serotonina e noradrenalina. Ativa o centro da saciedade, sem estimular a liberação de neurotransmissores. Por isso não causa dependência.

Seu principal mecanismo de ação na perda de peso é a inibição da ingestão alimentar. A

sibutramina é rapidamente absorvida por via gastrintestinal, atingindo concentrações plasmáticas máximas em três horas após a administração de 10 mg. A depuração atingiu uma meia-vida de aproximadamente 16 horas e nenhum traço da substância pôde ser detectado após 96 horas. Dessa forma, é um medicamento de ação prolongada e sua administração deve ser de uma vez ao dia. A metabolização da sibutramina no fígado se

dá pelo complexo do citocromo P-450, principalmente pela isoenzima CYP3A4. Cerca de 77% é excretada pela urina e 8% pode ser recuperada nas fezes após uma dose de 10 mg. Os metabólitos ativos da sibutramina (metabólitos 1 e 2), que concentram a atividade farmacológica maior, atingem um estado constante no plasma em 72 horas após a primeira dose, sugerindo que o pleno efeito se dá já nos primeiros dias de tratamento.

Obesidade



Inibidores de Absorção de Gorduras




O orlistate é um potente inibidor de lípases gastrintestinais (GI). As lípases catalisam ou

quebram a molécula de triglicerídeos (gordura), produzindo ácidos graxos livres e monoglicerídeos. O orlistate liga-se de maneira irreversível no sítio ativo da lípase, impedindo-a de exercer a sua ação. Cerca de um terço dos triglicerídeos ingeridos permanecem não digeridos e não são absorvidos pelo intestino delgado, atravessando

o tubo digestivo, onde são eliminados pelas fezes.

Este fármaco não apresenta atividade no SNC. Os efeitos adversos do orlistate estão relacionados ao seu mecanismo de ação. São eles: fezes oleosas, aumento do número de evacuações, flatulência com ou sem eliminação de gordura, urgência fecal. O uso a longo prazo do orlistate pode causar deficiência na absorção de algumas vitaminas, necessitando a suplementação dessas.



Serotoninérgicos –

Substâncias que promovem a inibição da recaptação neuronal de serotonina e, conseqüentemente, aumentam a neurotransmissão serotoninérgica no SNC3. As substâncias que atuam por meio da serotonina têm como protótipo, a fenfluramina. Foi

o primeiro agente a ser lançado no mercado que atuava no sistema nervoso central, mas

não induzia dependência. Porém, foi retirada do mercado após a publicação, nos Estados Unidos, de casos de uma lesão da válvula cardíaca. A associação da fenfluramina a um outro anorexígeno, a fentermina, conhecida como a associação “Phenfen”, parece ter sido o possível mecanismo causador, já que após mais de 20 anos de uso em todo o mundo, nunca existira descrição de casos semelhantes. Por este mesmo motivo, a dexfenfluramina também foi retirada do mercado. Atualmente, os fármacos mais utilizados desta classe são a fluoxetina e a sertralina. Estas substâncias são prescritas para o tratamento da depressão e bulimia nervosa, mas sem indicação específica para o tratamento da obesidade. Apresentam uma atividade sacietógena,

embora se admita que este efeito não persista por prazos maiores que 3 ou 4 meses. Talvez a melhor indicação destes fármacos seja para pacientes obesos com algum estado depressivo concomitante e comportamento do tipo comer compulsivo. O emprego da fluoxetina em pacientes com hábitos noturnos de comer, principalmente naqueles sob estresse ou algum grau de ansiedade, tem sido gratificante. Outra indicação interessante é para mulheres que nitidamente relacionam a fase pré-menstrual com maior avidez por carboidratos, como parte das manifestações da síndrome de tensão pré-menstrual. As doses empregadas são em geral mais altas do que as utilizadas para a sua indicação original e variam de 20 a 60 mg dia. Os efeitos adversos mais comuns são: náuseas, euforia, ansiedade, insônia e cefaléia.





Referências

Programa de desenvolvimento profissional ao farmacêutico, Módulo I, disponível em www.eupossomesmo.com.br , acesso: 14/09/2009, Cartilha desenvolvida pela Medley
Disponível em: www.portalfarmacia.com.br, Farmacologia- Medicamentos, Sibutramina. Ac.esso 15/09/2009.

Page C, Curtis M et al. Farmacologia Integrada. Manole: 2ª. edição brasileira. 2004.

Rang HP, Dale MM et al. Farmacologia. Elsevier: tradução da 5ª edição americana. 2004

Halpern A, Matos A et al. Obesidade. Lemos Editorial, 1998.

domingo, 27 de setembro de 2009

Chá de Picão




A erva (Bidens pilosa) conhecida como picão, é muito utilizada na medicina popular, sua preparação acontece em diferentes formas, sendo o chá a mais utilizada, preparado por meio da decocção ou infusão. No primeiro processo a planta é fervida junto à água, já no segundo a água é fervida sozinha e depois colocada sobre a planta, quando são liberados os seus princípios terapêuticos.
O pesquisador, químico Benjamim Gilbert, da divisão farmacêutica da Fundação Osvaldo Cruz, testa o chá de picão (Bidens pilosa) para o tratamento de malária e hepatite B, também é utilizada para febre aftosa, angina, diabetes, disenteria, dismenorreia, edema, icterícia neonatal, laringite e como diurética. É freqüente o uso do “chá abafado”, do decocto. No Brasil é principalmente usada para tratamento de infecções incluindo hepatite, diabetes e malária.
Na sua composição química destacam-se vários tipos de substâncias como poliacetilenos, chalconas e flavonóides. Partes da planta desenvolvem diversas atividades como: antiulcerogênica,antimalárica, antihelmíntica e antimicrobiana frente as bactérias gram-positivas e dermatófitos.
A ação antibacteriana foi demostrada frente à Escherichia coli e Micrococus luteus. Estudo obtido a partir de extratos da planta cultivada tem comprovado a atividade antineoplásica em diversos tipos de células tumorais. A atividade antibacteriana frente a Staphylococus aureus tem sido obtido por biaautografia.
Alguns estudos com B. pilosa demonstraram ação carcinogênica, a ingestão de B. pilosa com substância que usualmente causam proliferação celular pode ser um fator promotor na etiologia de células tumorais.
O picão-preto (Bidens pilosa) é utilizado também como cobertura para controlar a população de plantas espontâneas, na melhoria da qualidade do solo, para desenvolvimento de maior número de espécies, mais sensíveis às condições de estresse, que produzam mais biomassa, absorvam mais nutrientes e possam ser manejadas mais facilmente pelos agricultores. Essa prática é tradicional.

Um dos efeitos promovidos pelas coberturas é a ação alelopática, sendo o efeito mais ou menos específico. Cada planta, tanto em crescimento vegetativo quanto em processo de decomposição, exerce inibição específica sobre outras espécies, espontâneas ou cultivadas (Overland, 1966). Segundo Lorenzi (1984), o Bidens pilosa L. exerce forte e persistente ação inibitória.

ALERTAS:
1 - As plantas e ervas medicinais, mesmo sendo medicamentos naturais, podem intoxicar, cegar, provocar coma e até matar!
2 - Todas as plantas têm mais de um princípio ativo. Algum dos princípios ativos pode ser contra indicado para o usuário.
3 - Consulte sempre um especialista!
4 - Tome cuidado especial ao manusear ervas e mantenha-as longe das crianças.

Nome popular: Picão
Nome botânico: Bidens pilosa L.
Família: Asteraceace (Composital)
Parte usada: Toda planta


Referências:
Rev. esc. enferm. USP vol.36 no. 3 São Paulo Sept. 2002. A utilização de fitoterapia no cotidiano de uma população rural Aparecida de Rezende, Helena; Inês Monteiro Cocco, Maria.
Enfermeira - Portugal. Projeto de Iniciação Científica financiado peloSAE-UNICAMP,1997/98. Enfermeira - Professora Assistente Doutora - Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP. FCM. Departamento e Enfermagem. Grupo de Estudos e Pesquisa Saúde e Trabalho e do PRAESA - Laboratório de Estudos e Pesquisas em ráticas de Educação e Saúde da Faculdade de Educação / UNICAMP.


Modificações na população de plantas espontâneas na presença de adubos verdes
Fávero, Claudenir, Jucksch, Ivo, Costa Alvarenga Ramon e Marciano da Costa, Liovando.


Carvalho, J.C.T. Fototerápicos Antiinflamatórios.
Aspectos químicos, farmacológicos e aplicações terapêuticas.

sábado, 26 de setembro de 2009

Alimentos funcionais - ÔMEGA 3 -



Os ácidos graxos estão presentes nas mais diversas formas de vida, desempenhando importantes funções na estrutura das membranas celulares e nos processos metabólicos, também participam da transferência do oxigênio atmosférico para o plasma sangüíneo, da síntese da hemoglobina e da divisão celular, sendo denominados essenciais por não serem sintetizados pelo organismo.
Em humanos, o ácido alfa-linolênico (Omega 3) é necessário para manter sob condições normais as membranas celulares, as funções cerebrais, transmissão de impulsos nervosos, prevenção e tratamento das doenças cardiovasculares além de outras atuações importantes na hipertensão arterial, diabetes, artrites e doenças auto-imunes.
Suas fontes são divididas em dois tipos: animais e vegetais. As fontes animais são ricas em EPA (eicosapentanóico) e DHA (docosaexaenóico) com suas respectivas fontes: arenque, salmão, cavala, bacalhau e sardinha, bonito e atum. Já as fontes vegetais possuem maiores quantidades de ALA (alfa-linoléico) principalmente em e englobam principalmente as sementes, oleaginosas, óleos vegetais, cereais e leguminosas.
De acordo com a junta FAO/OMS, a recomendação de ingestão de AG w-3 é de 1 a 2% das calorias totais. Já o Institute of Medicine (2002), sugere uma ingestão adequada de 1,6 g/dia de α-linolênico (ALA) para os homens e 1,1 g/dia para mulheres, sendo que até 10% podem ser sob a forma de EPA ou DHA (IOM, 2002).
Estudo recente evidencia que além da atividade física ser considerada um fator protetor do coração, diminuindo a incidência de doenças cardíacas, o ácido graxo Omega 3 quando consumido de forma adequada também é um fator de proteção contra doenças relacionadas ao coração.
Embora o organismo humano seja capaz de produzir ácidos graxos de cadeia muito longa, a sua síntese é afetada por diversos fatores, que podem tornar a ingestão desses ácidos graxos essencial para a manutenção de uma condição saudável. Porém, ainda há necessidade de mais estudos sobre suas ações e quantidades a serem ingeridas. Sendo assim, o consumo deve ser feito de forma equilibrada, fazendo parte de uma alimentação balanceada.


SARDINHAS RECHEADAS COM HORTELÃ:
Ingredientes:um kg de sardinha fresca e limpa, ½ xícara (chá) de suco de limão , sal a gosto, um dente de alho espremido, duas cebolas grandes picadas , um maço de hortelã ( somente as folhas), 3 colheres (sopa) de azeite, uma colher ( sopa) de orégano, ½ pimenta dedo de moça cortada em fatias (opcional).
Preparo:abra as sardinhas, tire a espinha central e tempere com limão e sal. Deixe o tempero por 15 minutos na geladeira.
Recheio: em um recipiente, misture a cebola, o alho, e as folhas de hortelã picadas. Tempere com azeite , orégano e pimenta. Recheie as sardinhas, prendendo com um palito se necessário. Acomode-as em um refratário e leve ao forno médio ( 180º) por aproximadamente 20 minutos.
Rendimento: 10 porções. Valor calórico: 235 calorias por porção. Colesterol em mg por porção: 78mg .Tempo de preparo: aproximadamente 45 minutos.




Referências:1. MARTIN1 Clayton Antunes, ALMEIDA1 Vanessa Vivian de, RUIZ1 Marcos Roberto, VISENTAINER2 Jeane Eliete Laguila, MATSHUSHITA1 Makoto, SOUZA1 Nilson Evelázio de, VISENTAINER1 Jesuí Vergílio. Rev. Nutr., Campinas, 19(6):761-770, nov./dez., 2006.
2. Revista Nutrição em Pauta.
3. www.esalq.usp.br/sbog/simposio2003/pcie/pcie-01.doc. Acesso em 09/09/2009.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Creatina




A busca insensata pelo corpo perfeito faz com que as pessoas vá em busca de tudo que possa ter efeito em sua meta. Um dos suplementos mais utilizados hoje em dia para ter músculos torneados é a creatina, conhecida desde o século passado, porém sua função de metabolização no músculo levou nos últimos anos o interesse deste produto pelo seu desempenho físico.
A creatina como suplementação para atleta é feita na forma de creatina monohidratada, sendo em forma de pó branco solúvel em água. A quantidade que vai ser armazenada de creatina em cada indivíduo é muito relativo, pois esta vai de cada indivíduo devido a sua diferença na composição das dietas, conteúdo muscular, sexo, idade e outros fatores.
Os atletas vegetarianos quem mais se beneficiam com esta suplementação, pois sua dieta não possui este composto, com isso a suplementação é ideal, até mesmo para outros fatores não somente física. Tem mostrado que o consumo de suplemento deste composto aumenta até em 60% a possibilidade de concentração de creatina no músculo comparando com um outro composto. O uso da creatina com glicose tem se mostrado com um aumento do conteúdo muscular, porém em estudo realizado por, Freire et al 2008, teve como objetivo investigar o efeito da suplementação de creatina na tolerância à glicose e nos estoques de glicogênio muscular e hepático em ratos submetidos ou não à atividade física por quatro e oito semanas, ultilizando três fatores (suplementação, tempo e exercício) que pareciam interferir na homeostasia da glicose, mas que não apresentam resultados consensuais na literatura. Neste estudo foi comprovado que a suplementação de creatina não influenciou a captação periférica de glicose e os estoques de glicogênio muscular e hepático em ratos submetidos à atividade física por quatro e oito semanas.
Os ricos e as desvantagens em relação ao uso de creatina ainda estão em estudos, não tendo nada concretizado, porém deve –se ter atenção com algumas informações.
Em 2007, VIEIRA e colaboradores, elaboraram um estudo com ratos da raça wistar, no qual estes foram submetidos à suplementação de creatina (0,5 g/Kg/dia) durante 14 dias, este estudo teve como objetivo analisar se ocorre alteração ou não na estrutura e função hepática, esta alterarão não foi comprovada.
Segundo o autor, Kreide (1998) ele resume e analisa alguns fatos encontrados em publicações distintas como a suplementação pode promover tensão muscular, quando consumida durante treinos em clima quentes, pode ocasionar câimbras musculares, aumenta os problemas da função renal e distúrbios gastrointestinais.
Estudos indicam que ainda não foram apresentados claramente definidos os efeitos colaterais decorrentes da suplementação de creatina, com isso mais pesquisas são necessárias.
Vale salientar que qualquer tipo de suplementação deve obter a indicação de um profissional especializado

Fonte: Rev. Nutri., Capinas 15(1) 83-93, Jan./abr., 2002 J. PERALTA, O.M.S. AMANCIO. Creatina como suplemento ergogênico para atletas. Scielo Brasil.
VIEIRA, P. R. (2007) Efeitos da suplementação oral com Creatina sobre o metabolismo e a morfologia hepática em ratos.
FREIRE, O. T. (2008) Efeitos da suplementação de creatina na captação de glicose em ratos submetidos ao exercício físico.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Chá de Erva - Doce


O uso da erva-doce, tanto as sementes quanto as folhas frescas, data desde a antiguidade. Os egípcios, chineses, indianos, romanos e gregos usavam como planta medicinal e como condimentos. Na China e na Índia era usava para tratamento de picada de cobra. No Brasil, Califórnia, França, Alemanha, Itália, Índia e Japão, a erva-doce é cultivada para produção de sementes, que podem ser usadas inteiras ou moídas. (Parâmetros para o desenvolvimento de embalagens diferenciais de chás de erva-doce. I Jornada da Agroindústria. Out.2006)
A erva-doce (Foeniculum vulgare Mill.) é uma umbelífera nativa da Europa e amplamente cultivada em todo o Brasil. Também conhecida como erva-doce-brasileira, falsa erva-doce, anis doce e maratro.É uma erve perene, entouceirada, aromática, com 40-90 cm de altura, flores pequenas e frutos oblongos.
Essa planta possui propriedades aromáticas, condimentares e medicinais. Para fins medicinais são usados principalmente os frutos, a raiz e as folhas frescas. Os componentes dessas plantas atuam no aparelho digestivo e respiratório, estimulando as funções biologias, favorecendo a secreção láctea e possuem efeito dilatador que aumenta a circulação cutânea. As sementes contêm um óleo essencial utilizado na fabricação de licores, perfumes, sabonetes e na indústria alimentícia. (Dornelas. C.S.M. Diagnósticos da qualidade de sementes de erva-doce (Foeniculum vulgare Mill.) na Paraíba. Ficha Catalográfica Elabora na Sessão De Processos Técnicos da Biblioteca setoria de Areias - Pb Set 2005)
Princípio Ativo: Anetol, colina, anisulmina, metilchavicol, estragol e ácido anísico.
Uso popular Infusão: Intestino, obesidade, câimbra, reumatismo, diabetes, olhos, memória, depurativa, mordedura de cobras e escorpiões e estimula a secreção láctea. Chá das sementes é utilizado para:
• Evitar a formação de gases intestinais (carminativo), estomacal, anti-espasmódico, anti-diarréico e estimulante gastrointestinal;

• Diurético sudorífico.

Referências: SCHULZ, HÄNSEL, TYLER. Fitoterapia Racional – Um guia de fitoterapia para as ciências da saúde; 4ºedição, Editora Manole, 2002.

(Edilma Pinto Coutinho, Esmeralda Paranhos dos Santos, Ricardo Targino Moreira,
Helenice Duarte de Holanda, Solange de Sousa, Stela de Lourdes Mendonça, Paulo
Alves Wanderley, Yuri Ishihara Montenegro, Jandeilson Ernesto de Lucena) –
CFT/UFPB. Parâmetros para o desenvolvimento de embalagens diferenciadas de
chás de erva-doce

SEIXAS MAIA DORNELAS, CARINA
Areia - Paraíba
Brasil – 2006. Diagnóstico da qualidade de sementes de erva doce (Foeniculum
vulgare Mill.) na Paraíba

domingo, 20 de setembro de 2009

FLAVONÓIDES


FLAVONÓIDES
Flavonóide é o nome dado a um grande grupo de fitoquímicos ou fitonutrientes que são polifenóis de baixa massa molecular, encontrados em diversas plantas, apresentando muitas funções, entre elas, a proteção contra a incidência de raios ultravioleta, proteção contra micror¬ganismos patogênicos, ação antioxidante e inibição enzimática. Encontrados também nas frutas cítricas e vegetais em geral, assim como em alimentos processados como chá e vinho. Vários estudos indicam seus benefícios para a saúde como terapêutico e principalmente na sua atuação na prevenção de diversas doenças.
As principais fontes são:
Frutas: uva, cereja, amora, morango, laranja, limão, tangerina
Vegetais: batata inglesa, couve-flor, repolho branco, cebola, alho, berinjela, tomate, rabanete, couve, escarola e nabo.
Sementes e grãos: cacau, castanhas, feijão e soja.
Outros: vinho e chá verde
Os benefícios do consumo de frutas e vegetais são geralmente atribuídos aos compostos flavonóides, do que aos outros nutrientes conhecidos, devido à grande quantidade de efeitos biológicos. Os componentes presentes no vinho tinto, por exemplo, são conhecidos como potentes antioxidantes e têm sido identificados por apresentarem vários efeitos bioquímicos e farmacológicos, efeitos estes que incluem propriedades anticarcinogênicas, antiinflamatórias e antimicrobianas. Também são ativas em graus variáveis contra radicais livres que atuam prevenindo a oxidação da LDL, os quais por sua vez podem estar associados à prevenção e progressão do câncer, envelhecimento e outras. Diversos flavonóides atuam induzindo ou inibindo enzimas ligadas a processos inflamatórios e vários estudos demonstram que os compostos polifenólicos inibem os processos de inflamação vascular que contribuem para o aparecimento de doenças cardiovasculares. Os flavonóides possuem diferentes mecanismos de prevenção dessas doenças, sendo estas: inibição da agregação plaquetária, redução dos altos níveis de lipídios no sangue (triglicerídeos, colesterol, LDL), prevenção da oxidação de lipoproteínas (LDL), arritmias e outros. Em relação ao câncer, estudos experimentais propõem a divisão da carcinogênese em três estágios: Iniciação, promoção e progressão. A atuação dos flavonóides nessas diversas fases pode estar relacionada à sua ação antioxidante, ao aumento da resposta imune ou ainda a modulação da expressão do gene supressor tumoral.
O consumo de substâncias antioxidantes na dieta pode produzir uma ação protetora contra os danos causados pelos processos oxidativos celulares. A atividade antioxidante dos flavonói¬des é conseqüência das suas propriedades de óxido-redu¬ção, as quais podem desempenhar um importante papel na absorção e neutralização de radicais livres. Dessa forma, eles demonstram grande eficiência no combate de vários tipos de moléculas oxidantes que estão envolvidos em danos no DNA e pro¬moção de tumores.
O preparo dos alimentos para consumo pode, al¬gumas vezes, resultar em perdas destes compostos, em maior ou menor grau, variando de acordo com o tipo de alimento e o tipo de preparo empregado. Todavia, os flavonóides são compostos relativamente estáveis, pois resistem à oxidação, altas temperaturas e modera¬das variações de acidez. Os Flavonóides compreendem uma classe de fitoquímicos que não podem ser sintetizados por hu¬manos, ocorrendo somente através da ingestão dietética.


TEXTO BASEADO NOS ARTIGOS : Flavonóides e seu potencial terapêutico

MACHADO, H.; NAGEM, T.J.; PETERS, V.M.; FONSECA, C.S.; OLIVEIRA, T.T. Flavonóides e seu potencial terapêutico. Bol. Cent. Biol. Reprod., UFJF, v. 26, (no único), p. 37, 2008.

Flavonóides antocianinas: Características e propriedades na nutrição e saúde
Rev Bras Nutr Clin 2008;23(2):141-9

Baseado também em : Núcleo de Pesquisas de Produtos Naturais - NPPN/UFRJ

sexta-feira, 18 de setembro de 2009


Óleo de Cártamo

O óleo de Cártamo é rico em ácido linoléico conjugado, que é um grupo de isômeros de posição (substância que apresentam fórmulas moleculares idênticas) em que as duplas ligações são conjugadas em vez de existirem na configuração interrompida metilênica típica.
A maior fonte de CLA (ácido linoléico conjugado) é a gordura de ruminantes como, por exemplo, carne de gado e laticínios, no entanto podemos encontrar também o CLA em óleos de canola, girassol e soja.
A discussão a respeito da suplementação com CLA tem sido acirrada, frente aos efeitos fisiológicos reportados por muitos grupos de pesquisa nos últimos anos. Sendo assim, são muitas as investigações no sentido de avaliar os efeitos benéficos do consumo do CLA, como alterações na composição corporal, redução da aterosclerose, prevenção e tratamento do diabetes mellitus tipo 2, potencialização da mineralização óssea, modulação do sistema imune e efeito antitrombogênicos. Possíveis efeitos adversos, como: piora da resistência à insulina e aumento da suscetibilidade à autoxidação lipídica, também foram estudados.
Um dos efeitos mais estudados com relação à suplementação de CLA é a sua capacidade em alterar a composição corporal, promovendo aumento da massa magra e redução da massa gorda em diferentes espécies, tais como: camundongos, ratos, hamster, porcos, humanos, entre outras. Os possíveis mecanismos de ação que explicam esse efeito são a diminuição da proliferação e diferenciação de pré-adipócitos evidenciadas pela inibição do receptor ativado por proliferadores de peroxissoma gama, aumento do gasto energético, alteração da atividade das enzimas carnitina palmitoiltranferase e lípase lipoprotéica e da concentração de leptina.
Ainda não existem comprovações científicas de que a suplementação com CLA reduza o peso corporal ou o índice de massa corporal em humanos, porém algum efeito relacionado à redução do tecido adiposo parece ocorrer com doses acima de 3g de CLA por dia, especialmente na região abdominal de homens obesos, e no tecido muscular esquelético.
Existem alguns indícios de que indivíduos pós-obesos, em novo ganho de peso, sejam mais suscetíveis aos efeitos da CLA do que os de peso estável; assim como homens obesos em relação a mulheres obesas. Contudo, essas suposições ainda são inconsistentes devido à grande variabilidade nos delineamentos experimentais, especialmente quanto à dose, ao tipo de isômero(s) usado(s), e ao tempo de interevenção.
A forma de usar o óleo do cártamo depende de diversos fatores: da forma física, da alimentação, da rotina. Porém é de conhecimento no meio científico que o mínimo para se obter os resultados esperados, principalmente na redução de gordura, deve ser a ingestão de 3g ao dia. Além disso, a maioria dos estudos que estão relacionados com a perda de gordura corporal utiliza 3,4 g/dia. Deve-se utilizar antes das refeições, devido à facilidade de ingestão concomitante à refeição.
Muitas dúvidas ainda permanecem com relação aos reais efeitos do CLA na modificação da composição corporal em humanos. Assim, Faz-se necessário o desenvolvimento de mais pesquisas que, entre outras coisas, avaliem separadamente os efeitos dos principais isômeros do CLA em humanos, para que com isso seja possível avaliar melhor os efeitos desses Ácidos Graxos no metabolismo energético em humanos, para que então possam ser usados com segurança e eficiência nas prescrições relacionadas à melhoria da composição corporal e como agente anti-obesidade.
Lembrando sempre que qualquer tipo de suplementação deve obter a indicação de um profissional especializado.


Referências:

MOURÂO, D. M. Ácido Linoléico e perda de peso, Revista de Nutrição, Campinas, 18(3):391-399, Mai/Jun, 2005.
BOTELHO, A. P. A Suplementação com ácido linoléico conjugado reduziu a gordura corporal em ratos Wistar, Revista Nutrição, Campinas, 18(4):561-565, Jul-Ago, 2005
Arq Bras Endocrinol Metab vol.52 no.6 São Paulo Aug. 2008, Papel da dieta na prevenção e no controle da inflamação crônica - evidências atuais

domingo, 13 de setembro de 2009


BROMELINA


Bromelina é o complexo enzimático de proteinases extraído dos vegetais da família Bromeliaceae, do qual o abacaxi é o mais conhecido e rico nesta protease, que é encontrada no fruto, talo, caule, folhas e raízes.
. Complexo enzimático este, que tem sido usado nas preparações farmacêuticas industriais, como cápsulas digestivas, antinflamatório (WEN et al., 2006), no bloqueio à invasão dos macrófagos por Salmonela typhimurium (POSCHET et al., 1999), em pacientes com retocolite ulcerativa (KANE, 2000), queimaduras de 3º grau e na inibição de células cancerígenas (HALE, 2005). Destacam-se a bromelina do talo (E.C. 3.4.22.32), ananaina (E.C. 3.4.22.31), comosaina e a bromelina do fruto (E.C. 3.4.22.33).

O abacaxi (Ananas comosos) por longo tempo tem sido a fruta não cítrica mais popular nos países tropicais e sub-tropicais, principalmente pelo seu atrativo sabor e aroma, além do refrescante balanço açúcar-ácido que possui, o que certamente, determinou sua importância sócio-econômica. Além dessas características, é fonte da enzima proteolítica bromelina, um produto de alto valor comercial, que não é fabricado no Brasil. O mercado nacional para a bromelina ainda enfrenta muitos desafios, que estão relacionados a falta de métodos mais eficazes de extração e purificação, bem como a ausência de pesquisas com os resíduos do abacaxi visando a extração dessa enzima (CÉSAR, 2005).

Introduzida pela primeira vez como composto terapêutico em 1957, a ação da bromelina inclui: inibição da agregação plaquetária, atividade fibrinolítica, ação antiinflamatória, ação antitumoral, modulação de citocinas e imunidade, propriedade debridante de pele, aumento da absorção de outra drogas, propriedades mucolíticas; facilitador da digestão, acelerador da cicatrização, melhora da circulação e sistema cardiovascular. A bromelina é bem absorvida por via oral e as evidências disponíveis indicam que sua atividade terapêutica aumenta com as doses mais altas. Apesar de todos os seus mecanismos de ação ainda não estarem totalmente esclarecidos, foi demonstrado que é um seguro e efetivo suplemento. A bromelina parece ter tanto ação direta quanto indireta, envolvendo outros sistemas enzimáticos, ao exercer seus efeitos antiinflamatórios (MATTOS, 2005).

O processo de separação da bromelina utilizando membranas é uma alternativa aos processos de separação existentes, que vem sendo muito difundido nos últimos anos. São utilizados módulos de membranas planas onde determina-se as melhores condições operacionais para a recuperação e concentração de bromelina, considerando a pressão transmembranar e a velocidade superficial, na polarização por concentração e no fouling da membrana e a influência do pH da suspensão, avaliando a atividade enzimática nas condições estudadas, bem como a quantidade da enzima nas diversas fases do projeto.

Outra técnica utilizando-se como agente precipitante, o etanol p.a. demostrou maior teor de proteínas na bromelina extraída da coroa. Nas duas precipitações a composição de aminoácidos das enzimas obtidas, apresentaram resultados inferiores aos da comercial. Resíduos agroindústriais do abacaxi, de pouco ou nenhum valor, poderiam ser transformados em produto de alto valor econômico (enzimas proteolíticas).


REFERÊNCIAS

SILVA, R.A.1,2; CADENA, P.G.1; LIMA FILHO, J.L.1,2; PIMENTEL, M.C.B.1,21LABORATóRIO DE IMUNOPATOLOGIA KEISO ASAMI, LIKA – CCB- UFPE, 53.670-910, RECIFE-PE; 2 DEPARTAMENTO DE BIOQUíMICA-UFPE ; O FÁRMACO BROMELINA: ESTUDOS FÍSICO-QUÍMICOS E CINÉTICOS;SITE: http://www.abq.org.br/cbq/2006/trabalhos2006/11/840-1021-11-T1.htm. ACESSADO EM: 05/09/09


Nelson Donizetti Rossi Jr (Bolsista SAE/UNICAMP) e Prof. Dr. Elias Basile Tambourgi (Orientador), Faculdade de Engenharia Química - FEQ, UNICAMP; RECUPERAÇÃO E CONCENTRAÇÃO DA BROMELINA, A PARTIR DO ABACAXI, UTILIZANDO PROCESSO DE SEPARAÇÃO POR MEMBRANA
AUTORES;SITE:http://www.prp.unicamp.br/pibic/congressos/xiiicongresso/cdrom/pdfN/819.pdf. ACESSADO EM : 05/09/09


Lenice O. FREIMAN2,*, A. U. O. SABAA SRUR3 Determinação de proteína total e escore de aminoácidos de bromelinas extraídas dos resíduos do abacaxizeiro (Ananas comosus, (L.) Merril )1, Ciênc. Tecnol. Aliment. v.19 n.2 Campinas maio/ago. 1999


Manoel Euzébio de Souza 1, Aloísio Costa Sampaio 2, Sarita Leonel 3 , OS BENEFÍCIOS DA BROMELINA: UMA ENZIMA EXTRAÍDA DO ABACAXI; Site: http://www.todafruta.com.br/todafruta/mostra_conteudo
Acessado em 11/09/09

sábado, 12 de setembro de 2009

Dente de Leão


Taraxacum officinale Weber, é seu nome científico ou botânico, pertencente à família Asteraceae (Compositae), dela são utilizadas apenas folha e raiz. Planta de procedência européia, atinge até 50cm de altura com folhas arrosetadas e oblongas. Desenvolve-se ao pleno sol ou semi-sombra, tolera geadas e ventos, cresce sobre solos ácidos, úmidos e profundos e não tolera solos arenosos e argilosos. Tradicionalmente a dente de leão era empregada como remédio para icterícia e outras desordens do fígado e vesícula biliar e como um remédio para retenção hídrica. Geralmente, as raízes da planta têm mais atividade relacionada ao fígado e vesícula biliar, enquanto as folhas, atividade diurética.
A Taraxacum officinale contém um grande número de terpenóides, esteróis e princípios amargos (principalmente taraxacina e taraxacerina), além de outros esteróis livres como: sitosterina, estigmasterina e fitosterina, compostos estes relacionados com a atividade na vesícula biliar. Contém um terpeno antialérgico (desacetilmatricarina), porém ainda tem muito a ser investigado quanto à sua composição fitoquímica. Contém uma grande concentração de polissacarídeos , principalmente frutosanas e inulina. E em menor concentração, pectina, resina e mucilagem, além de vários flavonóides. A Taraxacum officinale é uma fonte rica de uma variedade de minerais como ferro, sílica, magnésio, sódio, potássio, zinco, manganês, cobre e fósforo. E vitaminas C, D, Betacaroteno (provitamina A), carotenóides, xantofilas e clorofila, além de muitas vitaminas do complexo B.
Sua atividade farmacológica deixa evidências experimentais indicando que Taraxacum officinale modula a taxa glicêmica, devido ao alto conteúdo de inulina (fibra de polissacarídeo composta de longas cadeias de moléculas de frutose, contida na planta) que atuam prevenindo as flutuações dos níveis de açúcar no sangue. A administração oral de extratos das raízes de Taraxacum officinale age como colagogo, aumentando o fluxo biliar. Em pesquisas experimentais em ratos, o extrato aquoso das folhas de Taraxacum officinale demonstrou ter ação diurética e ser fonte de potássio. A planta ainda restabelece experimentalmente a função imune suprimida em animais, aumentando a resposta imune mediada, humoral e imunidade não específica.
A planta completa se usa como tônico, aperitivo, laxante, colagoga, eupéptica, colerética, antiinflamatório de músculo liso, diurético, sudorífico e orexígeno (via oral) para casos de dispepsia, afecções do fígado, dos rins (cálculos renais e infecção urinária), vesícula biliar e cirrose hepática.
A Taraxacum officinale é considerada uma das plantas mais bem toleradas e até o momento não há evidências científicas de ocorrência de efeitos colaterais. Sendo necessário preocupar-se com a sua administração em termos de um possível efeito alergênico atópico em certos indivíduos.

Referências: ALFONS BALBACH. As plantas curam. 2ª edição. 1995; 106
• http://www.plantamed.com.br/plantaservas/especies/Taraxacum_officinale.htm
• JOSÉ CARLOS TAVARES CARVALHO. Fitoterápicos Antiinflamatórios: Aspectos Químicos, Farmacológicos. 276-278

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Alimentos Funcionais-YACON


Smallanthus sonchifolius, conhecido como yacon, é uma espécie herbácea de clima tropical de altitude originário das regiões andinas da Colômbia, Equador, Peru, Bolívia, nordeste da Argentina, Chile e Venezuela. Esta planta tolera condições extremas de temperatura e umidade, podendo ser cultivadas em regiões distintas.
O yacon é uma raiz larga com altas concentrações de fibras, apresenta uma casca escura e polpa transparente branca ou amarelada parecida com a batata doce. Possui um sabor adocicado devido à grande quantidade de carboidratos solúveis como a frutose, glicose, sacarose e frutooligossacarídeos de cadeia curta (FOS) e longa (inulina), que estimulam seletivamente o crescimento de bactérias probióticas, o que, por conseguinte, torna-o um alimento prebiótico. Apresenta uma textura crocante, podendo ser consumido descascado, com uma fruta ou em saladas, na forma de suco, purê, sopa, infusão ou, ainda, como xarope, geléia e chips secos. Além dos carboidratos, o yacon é constituído de 85% de água.
É bastante consumida no Oriente e o seu cultivo no Brasil já acontece no interior do Estado de São Paulo. Por volta de 1991, na região de Capão Bonito (SP), a espécie foi introduzida na alimentação por imigrantes japoneses, que utilizavam suas folhas e raízes contra a diabetes e altas taxas de colesterol no sangue.

Quais benefícios essa planta andina proporciona?
Auxiliam no controle de doenças crônico-degenerativas, na osteoporose devido a um aumento na biodisponibilidade do cálcio e na densidade e massa óssea; o diabetes mellitus, a hipercolesterolemia, hipertensão arterial, dislipidemias, doenças do trato gastrointestinal,na constipação pelo aumento do peristaltismo intestinal e pelo aumento da umidade fecal com pressão osmótica e na produção de nutrientes como: vitaminas B1,B2,B6,B12,ácido nicotínico e ácido fólico.
A procura pelo Yacon tem apresentado um aumento gradativo devido sua atuação similar às fibras alimentares no organismo, fazendo com que venha adquirindo crescente importância em sua comercialização no Brasil. Apesar de muitos benefícios que esse alimento trás à saúde, deve-se ressaltar que ainda não é possível obter uma confirmação concreta se o seu consumo pode curar e/ou prevenir doenças ou apenas minimizar o risco destas. É essencial que mais estudos sejam feitos a fim de respaldar a eficácia em humanos e especialmente a profilaxia de doenças crônicos não transmissíveis para melhor aproveitamento nutricional do yacon.


Purê de Yacon
- 1/2 kg de yacón (que você encontra já com facilidade nos supermercados brasileiros)
- 2 pimentões vermelhos cortados em fatias
- 1 cebola picada
- 2 dentes de alho picados
- manteiga
- sal e pimenta
Descascar o yacon e cortar em rodelas. Saltear em manteiga junto com a cebola, o alho e as fatias de pimentões. Temperar com sal e pimenta preta moída e levar ao liquidificador até que esteja cremoso.
Coloque o purê numa forma untada com manteiga e leve ao forno por cerca de 20 minutos.
Pode servir com alho caramelado para comer com costeletas de ovelha, mas também fica ótimo com mariscos e pescados.

Referências Bibliográficas:

1. GUIMARÃES, R.R; BOEKEL, S.V. Frutooligossacarídeos na alimentação Humana: Estudo das propriedades funcionais do Yacon (Smallanthus sonchifolius). Nutrição em Pauta – A revista do profissional de Nutrição. Ano 16. Número 89. São Paulo. Março/Abril 2008.

2. KANASHIRO, R.S, et al. Yacon (Smallanthus Sonchifolius): Importância funcional. Nutrição em Pauta – A revista do profissional de Nutrição. Ano 16. Número 92. São Paulo. Setembro/Outubro 2008.

3. SAAD, Susana Marta Isay. Probióticos e prebióticos: o estado da arte. Rev. Bras. Cienc. Farm. [online]. 2006, vol.42, n.1, pp. 1-16. ISSN 1516-9332.

BCAA´S


BCAA´S


No século XIX recomendava-se uma dieta rica em proteínas para preservar a estrutura muscular e suprir os gastos energéticos. São encontrados aminoácidos de cadeia ramificada em todas as fontes de proteína animal, por isso que a WHEY PROTEIN é uma das fontes ricas em BCAA, tendo de 15 a 30% de aminoácidos de cadeia ramificada.
Os aminoácidos de cadeia ramificada (BCAA, do inglês Branched Chain Amino Acids) são liberados pelo fígado durante a atividade motora, correspondem a cerca de 35% dos aminoácidos essências em proteínas musculares e, uma vez que a massa muscular de humanos é de cerca de 40-45% da massa corporal total, verifica-se que grande quantidade de BCAA está presente em proteínas musculares. Além disso, podem atenuar a perda de massa magra durante a redução de massa corporal; favorecendo o processo de cicatrização; melhorar o balanço protéico muscular em indivíduos idosos; e propiciar efeitos benéficos no tratamento de patologias hepáticas e renais.
No que concede a nutrição esportiva, os BCAA são extensivamente utilizados por atletas baseado na premissa de que esses aminoácidos podem promover anabolismo protéico muscular, atuar em relação à fadiga central, favorecer a secreção de insulina, melhorar a imunocompetencia, diminuir o grau de lesão muscular induzido pelo exercício físico e aumentar a performance de indivíduos que se exercitam em ambientes quentes.
Muitas funções são atribuídas aos aminoácidos de cadeia ramificada; dentre elas, é possível destacar aumento da síntese de proteínas musculares e redução da sua degradação, encurtamento do tempo de recuperação após o exercício, aumento da resistência muscular, diminuição da fadiga muscular, fonte de energia durante a dieta e preservação do glicogênio muscular.
Embora a maioria das alegações veiculadas não encontre ainda respaldo cientifico, estudos sugerem que a queda do desempenho possa estar vinculada à fadiga, a qual pode ocorrer por hipoglicemia e pelo aumento da serotonina, um neurotransmissor responsável pelas sensações de sonolência, devido ao aumento de captação do triptofano, um aminoácido precursor da serotonina. Por isso que é valida a suplementação de BCAA, pois eles competem com o triptofano pelo mesmo sistema transportador.
A administração do BCAA deve ser feita em média 1 hora antes do treino e 2 horas após o treino, pelo fato de que os aminoácidos de cadeia ramificada estimularem a produção de insulina e poder ocorrer remoção rápida da glicose circulante.
Valores medidos antes e após concluída uma maratona, revelam um decréscimo de 20% da concentração plasmática de BCAA, enquanto que após 90min de exercícios militares essa variação foi de 20 a 25% da concentração plasmática enquanto Struder et al. Observaram uma descida de 25% da quantidade plasmática de BCAA em tenistas após 4 horas de atividade, com isso podemos entender que um exercício físico que utilize força e resistência ao mesmo tempo, o individuo vai apresentar um decréscimo no percentual de BCAA plasmático.
Verifica-se que a ingestão de aminoácidos isoladamente aumenta a taxa de síntese protéica muscular. Contudo, o mais potente iniciador dessa síntese é a combinação de exercício de força com aumento da disponibilidade de aminoácidos.
A ingestão de uma mistura de aminoácidos ou de um hidrolisado de proteínas após uma sessão de exercício de força estimula a taxa de síntese protéica em músculo humano e promove balanço protéico muscular positivo. Diferentes teorias tentam explicar a ocorrência desse efeito, como o aumento da disponibilidade de aminoácidos promovendo o aumento do transporte dos mesmos para dentro da célula muscular, o que estimula a síntese protéica. Outra possibilidade é que esse efeito decorre de um grupo de aminoácidos, como os BCAA´S, ou de um único aminoácido, como a leucina.
No entanto, não existem evidencias comprovando o efeito dos BCAA´S no aumento da performance em indivíduos engajados em exercícios de endurance, todavia, essa intervenção nutricional pode atenuar a lesão muscular induzida pelo exercício.
Vale salientar que qualquer tipo de suplementação deve obter a indicação de um profissional especializado.



REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:


• Isabel de Souza Carvalho, Bcaa (Aminoácidos de Cadeia Ramificada). Fitness & performance journal, Rio de Janeiro, v. 4, n. 5, p. 253, Setembro/Outubro 2005.
• Paulo Armada-da-Silva, Francisco Alves, Efeitos da ingestão dos aminoácidos de cadeia ramificada na fadiga central. Revista Portuguesa de Ciências do Desporto, 2005, vol. 5 nº 1.
• Uchida M.C.. Bacurau A.V.N.; Aoki M.S.; Bacurau R.F.P. Consumo de aminoácidos de cadeia ramificada não afeta o desempenho em endurance. Ver Bras Med Esporte – Vol. 14, Nº1 – Jan/Fev, 2008.
• Mark Hargreaves. Fatores metabólicos na fadiga. Sports science exchange, Jun/Ago/Setembro – 2008.
• Mark Hargreaves. Controlando a fadiga nos esportes. Sports science exchange, Jun/Ago/Setembro – 2008.
• Rogero M.M.; Tirapegui J. Aspectos atuais sobre aminoácidos de cadeia ramificada e exercício físico. Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas, Vol. 44, n. 4, out./dez., 2008.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Porquê o individuo engorda?





Porquê o individuo engorda?


A obesidade é o maior problema de saúde da atualidade e atinge indivíduos de todas as classes sociais, tem etiologia hereditária e constitui um estado de má nutrição em decorrência de um distúrbio no balanceamento dos nutrientes, induzindo entre outros fatores pelo excesso alimentar. O peso excessivo causa problemas psicológicos, frustrações, infelicidade, além de uma gama enorme de doenças lesivas. O aumento da obesidade tem relação com: o sedentarismo, a disponibilidade atual de alimentos, erros alimentares e pelo próprio ritmo desenfreado da vida atual. A obesidade relaciona-se com dois fatores preponderantes: a genética e a nutrição irregular. A genética evidencia que existe uma tendência familiar muito forte para a obesidade, pois filhos de pais obesos tem 80 a 90% de probabilidade de serem obesos.
A nutrição tem importância no aspecto de que uma criança superalimentada será provavelmente um adulto obeso. O excesso de alimentação nos primeiros anos de vida, aumenta o número de células adiposas, um processo irreversível, que é a causa principal de obesidade para toda a vida. Hoje, consumimos quase 20% a mais de gorduras saturadas e açúcares industrializados

Quando o assunto é direcionado para quais os alimentos que engordam, verifica-se de imediato a presença dos carboidratos e dos lipídios.
Para cada um deles, deve-se observar uma importante função como fonte energética, numa dieta humana:
Os Carboidratos, constituem a principal fonte energética da dieta humana e fornecem 4 Kcal por grama. Exemplos de carboidratos presentes nos alimentos: glicose, frutose, lactose, sacarose, amido. Estes são fundamentais como fonte de calorias e não podem ser substituídos por outros nutrientes.
Os Lipídios, ou gorduras atuam como fonte energética concentrada, pois fornecem 9 Kcal por grama. Estes são encontrados em grande quantidade nos alimentos, especialmente em forma de triglicerídeos. A ingestão de lipídios requer equilíbrio entre o seu consumo e as necessidades do organismo. O excesso de gordura nos indivíduos adultos pode provocar importantes alterações do perfil lipídico e, conseqüentemente, aumento do risco cardiovascular.

Fome x Saciedade

É importante salientar a existência de um mecanismo responsável pela sensação de fome e saciedade, atuantes em todo o processo alimentar.
Os mecanismos que participam na regulação da ingestão de alimentos são: o hormonal (insulina, grelina e leptina), o metabólico (glicemia) e o neural (hipotálamo e outras regiões do Sistema Nervoso Central).
O hipotálamo é uma região do cérebro onde se encontram os centros da fome e da saciedade. Quando as reservas nutritivas do organismo de um indivíduo caem abaixo do normal, o centro da alimentação no hipotálamo fica muito ativo e ocorre o aumento da fome; por outro lado, quando as reservas nutritivas são abundantes, a pessoa perde a fome (estado de saciedade).
Tanto as informações de fome como as de saciedade são transmitidas através de impulsos nervosos entre os neurônios no cérebro, envolvendo a participação de muitos neurotransmissores (serotonina, noradrenalina, dopamina). E é sobre a transmissão neuronal que ocorre a atuação dos fármacos anorexígenos e sacietógenos.
A obesidade pode aumentar o risco da pessoa desenvolver várias condições, como diabete, pressão alta, doenças do coração e algumas formas de câncer. Muitos riscos à saúde são mais frequentes nas pessoas obesas, e os riscos podem aumentar com o grau de aumento da obesidade.
O que o indivíduo precisa, é buscar uma mudança no estilo de vida, pois os fatores comportamentais desempenham, de longe, o papel mais importante no emagrecimento.


Referências:

Cartilha da Medley disponivel em: www.eupossomesmo.com.br

domingo, 6 de setembro de 2009

CÚRCUMA


A cúrcuma, planta ramificada, originária da Índia, onde sua raíz apresenta a cor amarela internamente e branca externamente, espécie originária do Sudeste asiático, considerada uma especiaria. O pó obtido pela moagem da cúrcuma é utilizado como condimento e corante para alimentos. Além de sua principal utilização como condimento, óleos essenciais de excelentes qualidades organolépticas, possui também substâncias antioxidantes auxiliando no combate a radicais livres, possui ação antimicrobiana e corantes, estendendo com isso sua utilização no mercado condimentar e alimentício, tendo sua participação, como por exemplo, em amidos para confecções de bolos, como corante em molhos, queijos, ovos, peixes, crustáceos, pães,margarinas e carnes. A cúrcuma quando expostas a uma temperatura acima de 75ºC tem o seu rendimento de óleo volátil comprometido. Isso condiz com estudos realizados com rizomas de cúrcuma onde as condições de secagem (temperatura, fatiamento, granulometria, etc.) influenciaram no rendimento e qualidade do óleo.
Em relação à atividade antioxidante, a cúrcuma foi a segunda colocada entre as espécies mais potentes. Constatou-se que o pigmento fenólico, curcumina, presente na cúrcuma é o responsável pelas propriedades antioxidantes. A cúrcuma também apresenta fins terapêuticos quando utilizada como tônico, aromático e estimulante de funções digestivas, ativando a função hepática, a secreção biliar e flatulência. Contamos também com a utilização da cúrcuma no tratamento de feridas, úlceras de decúbito, machucados e ferimentos em geral devido à sua ação antiinflamatória e cicatrizante. O consumo mundial da cúrcuma ainda não é conhecido, no Brasil ela tem pequena expressão econômica. Acredita-se que a Índia seja o país de maior produção e consumo da espécie.

Texto embasado nos artigos científicos: Cúrcuma: planta medicinal, condimentar e de outros usos potenciais;
Cienc. Rural vol.30 no.1 Santa Maria Jan./Mar. 2000

EXTRAÇÃO DE OLEORESINA DE CÚRCUMA (Cúrcuma longa L) COM CO2 SUPERCRÍTICO
Ciênc. Tecnol. Aliment. vol. 17 n. 4 Campinas Dec. 1997

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

WHEY PROTEIN OU PROTEÍNA DO SORO DO LEITE



As proteínas do soro leite, ou whey protein como são conhecidas, são extraídas da porção aquosa do leite, gerada durante o processo de fabricação do queijo. Essa parte era dispensada pela indústria de alimentos apesar de ser riquíssima em proteínas e lactose. A partir da década de 70 iniciou estudo relacionado a essas proteínas sendo descrita pelo Dr. Paavo Airola como, importante no tratamento e prevenção de flatulência, prisão de ventre e putrefação intestinal.
Atletas, praticantes de atividades físicas, pessoas fisicamente ativas e até mesmo portadores de doenças, vêm procurando benefícios nessa fonte protéica devido ao alto valor biológico com propriedades funcionais, além de conter alto teor de aminoácidos essenciais, especialmente os de cadeia ramificada.
Artigos comprovaram que quanto menor o intervalo entre o término do exercício e a ingestão protéica, melhor será a resposta anabólica ao exercício podendo apresentar um ganho significativamente maior de força e de hipertrofia muscular em relação a suplementação protéica 2 horas após a realização dos exercícios.

Vale salientar que a proteína do leite pode oferecer uma vantagem sobre o leite como fonte de cálcio, em pessoas intolerantes à lactose, uma vez que grande parte dos suplementos à base de proteínas do soro é praticamente isento de lactose e pelo fato dessa proteína apresentar percentual de gordura menor que 2%. Em uma série de estudos realizado por Layman ET AL, mostrou que a dieta com maior relação proteína/carboidrato são mais eficientes para o controle da glicemia e da insulina pós-prandial, favorecendo, dessa forma, a redução da gordura corporal e a preservação da massa muscular durante a perda de peso.
Através de estudos realizados por Toba et al em 2001, foi demonstrado que as proteínas do soro promovem a formação dos ossos em humanos, estimulando a proliferação e a diferenciação dos osteoblastos, aumentando a densidade mineral óssea e inibindo a reabsorção de cálcio. Há também estudos os quais comprovam que a Whey Protein Hidrolisada reduz significativamente a pressão sanguínea. Neste mesmo estudo ficou provado também a significativa elevação da concentração de HDL colesterol, redução da concentração de triagliceróis e diminuição do risco cardíaco.

Benefícios do Whey Protein:

Combinação ideal de aminoácidos para melhorar a composição corporal, melhora da performance atlética e o crescimento muscular;

Solúvel, fácil de digerir, altíssimo valor biológico, eficientemente absorvido pelo corpo e de gosto neutro, não interferindo no gosto de outros ingredientes e alimentos;
Sacia a fome mais rapidamente que outras fontes de proteínas e mantém a massa muscular (metabolismo alto);
Contém ingredientes bioativos como imunoglobulinas e lactoferrinas, que auxiliam na manutenção de um sistema imunológico saudável de proteína, o Whey fornece mais aminoácidos essenciais para o corpo, sem a adição de gordura e colesterol;
Ação antioxidante (aumenta os níveis de Glutationa – GSH);
Possui altas concentrações de BCAA e Glutamina;
Comparado grama-a-grama com outras fontes o Whey fornece mais aminoácidos essenciais para o corpo, sem a adição de gordura e colesterol;

Nesta postagem foram mostradas algumas características do suplemento Whey protein, no entanto estudiosos salientam: excesso de proteínas na alimentação pode aumentar o resíduo de ácidos na dieta, portanto é necessário uma indicação do nutricionista deste suplemento alinhado à uma boa alimentação para que este propocione o objetivo desejado e assim seja proporcionado uma qualidade de vida.


Referências:

HIRSCHBRUCH, M. D, Consumo de suplementos por jovens freqüentadores de academias de ginástica em São Paulo.
HARAGUCHI, F. K, Proteínas do soro do leite: composição, propriedades nutricionais, aplicações no esporte e benefícios para a saúde humana,.
KANTIKAS, M. G. L, Avaliação do uso de suplementos nutricionais a base de soro bovino pelos praticantes de musculação em academias da cidade de Curitiba – PR.

Alimentos Funcionais - SOJA -


A soja pode ser conceituada como “alimento funcional” e sua principal função é reduzir o risco de doenças crônico – degenerativas. Estudos realizados para conhecer os componentes da soja responsáveis pela prevenção de doenças, identificaram diversos compostos funcionais presentes como os fitoesterois, inibidores de proteases, o inositol hexafosfato, as saponinas, as isoflavonas, entre outros. As isoflavonas, também denominadas fitoestrógenos, têm atraído muita atenção entre esses compostos devido apresentarem atividades “in vitro” e “in vivo” compatíveis com os efeitos da soja na prevenção de doenças. A soja é também rica em proteínas, e estas comportam, com exclusividade, todos os nove aminoácidos essenciais que o corpo humano necessita e não consegue fabricar, precisando receber pela alimentação. Existem diferentes tipos de proteínas de soja: texturizadas, concentradas e isoladas. A principal diferença entre esses produtos está na concentração de proteína. As isoladas são as com os índices mais altos, superior a 90%, a concentrada possui pelo menos 65% de proteína e altos índices de fibras e a texturizada apresenta, no mínimo, 52% de proteína.
Esta leguminosa pode ser utilizada de forma preventiva e terapêutica no tratamento de doenças cardiovasculares, câncer (mama e cólon, principalmente), osteoporose, sintomas da menopausa, reduz colesterol e melhora o funcionamento dos intestinos.
A soja pode enriquecer nossas refeições de varias maneiras, pois além dela ser fonte de proteína completa, ela possui cerca de 30% de fibras solúveis e 70% de insolúveis e essas fibras são capazes de proporcionar saciedade e diminuir o aumento da glicose após as refeições, e é também fonte de minerais como ferro, potássio, cálcio, fósforo, zinco e vitaminas do complexo B. Essenciais para uma boa nutrição, pois ajudam o corpo a funcionar de forma adequada e a manter a saúde.
Antigamente no Brasil, havia uma baixa aceitação em relação à soja devido ao seu sabor e aromas desagradáveis, porém, nos dias de hoje, com o avanço da tecnologia alimentícia, sua aceitabilidade aumentou devido a qualidade sensorial. As indústrias alimentícias têm desenvolvido novos produtos cujas funções pretendem ir além do fornecimento de nutrientes básicos e da satisfação do paladar do consumidor.
Atualmente há uma grande variedade de produtos derivados da soja encontrado como "queijos", molhos, óleos, farinhas, sucos, "leite" e "iogurte", barras de cereal, sopas, sorvetes, creme de "leite", salgadinhos e até chocolate a disposição dos consumidores quem descobriram a importância desse alimento.

Receita: Patê de tofu com atum
· 1 tofu (250 g)
· 1 lata de atum ralado e escorrido
· 2 colheres (sopa) de azeite
· 1 dente de alho amassado
· 1 cenoura ralada
· 1 sachê de hondashi (tempero à base de peixe)
· 1 pitada de açúcar
· vinagre
· 1 colher de sopa de cheiro-verde picadinho
· Amasse bem o tofu e misture os demais ingredientes. Utilizar em sanduíches ou canapés.

Valor calórico total : 660 kcal
Rendimento: 18 porções
Valor calórico por porção: 37 kcal


Referências Bibliográficas:
1. BEHRENS, J.H.; SILVA, M.A.A.P. Atitude do consumidor em relação à soja e produtos derivados. Ciênc. Tecnol. Aliment. Vol. 24. nº 3. Campinas. Julho/Setembro 2004.
2. DIEGO, L.G., et al. Proteínas de soja, isoflavonas e prevenção de doenças cardiovasculares. Revista Nutrição em Pauta – a revista do profissional de nutrição. São Paulo. Ano 17. Número 95. Março/Abril 2009.
3. PHILIPPI, Sônia Tucunduva. A dieta do bom humor. São Paulo: Panda Books, 2006.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Tipos de Chás:

O chá é uma bebida amplamente utilizada, perdendo apenas para a água como a bebida mais consumida no mundo. O chá verde é rico em polifenóis, principalmente catequinas. Entre uma variedade de efeitos benéficos à saúde atribuídos ao consumo do chá verde, grande atenção tem sido focalizada no seu efeito na redução da gordura corporal. O chá preto é feito a partir da infusão de folhas processadas de Camellia sinensis, que é cultivada em mais de 30 países. São classificados em três categorias conforme o processo de fabricação (O procedimento que se estabelece depois de colhê-las determina a obtenção dos tipos de chá):fermentado (preto), não-fermentado (verde) e o semifermentado (oolong).
Estudos demonstraram que o chá verde tem efeito protetor contra diversos tipos de câncer e doenças cardiovasculares, possui propriedade antialérgica e antibacteriana, além de ser rico em minerais e vitamina K.
No chá verde, estão presentes, além das catequinas, outros compostos orgânicos, tais como cafeína e aminoácidos. A diferença entre o chá verde e o chá preto depende de quando as enzimas foliares são inativadas durante o processamento. Na fabricação do chá verde, as enzimas são inativadas imediatamente após a colheita das folhas. Portanto, a composição de polifenóis no chá verde tende ser semelhante a das folhas frescas. Na produção do chá preto, as catequinas são oxidadas enzimaticamente, gerando uma mistura complexa de polifenóis, constituída de teaflavinas, teasinensinas e tearubiginas.
A qualidade do chá verde é fortemente influenciada pelos componentes orgânicos e inorgânicos das folhas jovens e dos brotos, que funcionam como precursores e são alterados. durante a sua transformação (aquecimento) em substâncias que determinam o sabor.
A cor, o sabor e o aroma do chá verde estão direta ou indiretamente associados às catequinas; portanto, são os principais compostos que definem a qualidade do chá verde. O sabor adstringente e amargo do chá verde é devido principalmente a esses polifenóis. Aminoácidos livres são responsáveis pelo frescor e pela doçura da infusão do chá verde, além de contribuírem para formação de compostos voláteis responsáveis pelo aroma por reagirem com catequinas e açúcares solúveis durante o aquecimento. Dentre os alcalóides encontrados, destacam-se a cafeína por ser abundante e contribuir para o efeito estimulante e sabor, enquanto as clorofilas e a quercetina contribuem para coloração verde da infusão.
As diferentes teaflavinas conferem variados níveis de adstringência; catequinas, cafeína e aminoácidos também são importantes para o sabor. Cafeína, além de contribuir para efeito estimulante, forma complexo com teaflavinas, que modifica o sabor, adiciona frescor à bebida e contribui para formação de precipitado colorido quando a infusão do chá preto é resfriada.
Todavia, critérios precisos e eficientes para predizer a qualidade do chá preto a partir de folhas não foram estabelecidos.
Já se sabe que os teores de polifenóis e catequinas e a atividade da polifenoloxidase nas folhas estão relacionados com a qualidade do chá preto.
Outros elementos minerais acumulados por C. sinensis são K e Mg Mn, Ca, Zn, Cr e Ni além de Se e F sendo alguns destes essenciais para a saúde humana.




Referências :.
Salinas, Rolando D. Alimentos e nutrição: introdução a bromatologia 3º Ed. Porto Alegre:Artemed,2002.

Renata da Costa Lamarão; Eliane Fialho-Aspectos funcionais das catequinas do chá verde no metabolismo celular e sua relação com a redução da gordura corporal Rev. Nutr. vol.22 no.2 Campinas Mar./Apr. 2009

Juliana Domingues Lima; Paulo Mazzafera; Wilson da Silva Moraes; Reginaldo Barboza da Silva -Chá: aspectos relacionados à qualidade e perspectivas Cienc. Rural vol.39 no.4 Santa Maria July 2009 Epub Mar 06, 2009

Alimentos Funcionais - Probióticos -




Com o aumento na expectativa de vida da população, aliado ao crescimento exponencial dos custos médico-hospitalares, a sociedade necessita vencer novos desafios, através do desenvolvimento de novos conhecimentos científicos e de novas tecnologias que resultem em modificações importantes no estilo de vida das pessoas. A nutrição precisa se adaptar a esses novos desafios através do desenvolvimento de novos conceitos. Nesse contexto, os alimentos funcionais são conceitos novos e estimulantes.
Mas afinal, o que seriam os alimentos funcionais? É todo alimento ou ingrediente que, além das funções nutricionais básicas, quando consumido como parte da dieta usual, produz efeitos metabólicos, fisiológicos e/ou benéficos à saúde, devendo ser seguro para o consumo. Um alimento funcional pode ser classificado de acordo com o alimento em si ou conforme os componentes bioativos nele presentes, como, por exemplo, os probióticos, as fibras, os fitoquímicos, as vitaminas, os minerais, as ervas, os ácidos graxos ômega 3, além de determinados peptídeos e proteínas.
A definição de probióticos atualmente aceita internacionalmente é que eles são microrganismos vivos, administrados em quantidades adequadas que conferem benefícios à saúde do hospedeiro. A influência benéfica dos probióticos sobre a microbiota intestinal humana inclui fatores como efeitos antagônicos, competição e efeitos imunológicos, resultando em um aumento da resistência contra patógenos. Assim, a utilização de culturas bacterianas probióticas estimula a multiplicação de bactérias benéficas, em detrimento à proliferação de bactérias potencialmente prejudiciais, reforçando os mecanismos naturais de defesa do hospedeiro.
Dentre os microrganismos probióticos mais utilizados, destacam-se cepas de lactobacilos e bifidobactérias. O íleo terminal e o cólon parecem ser, respectivamente, o local de preferência para colonização intestinal dos lactobacilos e bifidobactérias. De modo geral, lactobacilos podem colaborar na digestão da lactose em indivíduos com intolerância a esse dissacarídeo, reduzir a constipação e a diarréia infantil, ajudar na resistência a infecções por salmonela, prevenir a “diarréia do viajante” e aliviar a síndrome do intestino irritável.
Bifidobactérias são conhecidas por estimularem o sistema imunológico e produzirem vitamina B, inibirem a multiplicação de patógenos, reduzirem a concentração de amônia e colesterol no sangue e ajudarem a restabelecer a microbiota normal após tratamento com antibióticos. Assim sendo, esses microrganismos são comumente utilizados em intervenções dietéticas que visam à melhoria da saúde dos indivíduos. O propósito da administração de produtos probióticos é resultar em microbiota intestinal balanceada, a qual, por sua vez, terá um impacto favorável sobre a saúde do consumidor. Os laticínios contribuem para a sobrevivência dos probióticos ao suco gástrico, por isso que eles são geralmente encontrados nos leites e seus derivados (iogurtes, queijos, etc), porém podem ser encontrados também em produtos não lácteos (derivados da soja).
Infelizmente, no caso de países como o Brasil, o acesso aos alimentos probióticos ainda é restrito às pessoas com maior poder aquisitivo, independentemente do nível de consciência em relação a um estilo de vida saudável.

Observação: Para garantir o efeito contínuo no organismo humano, os probióticos devem ser ingeridos diariamente.

Referências:

KOMATSU, T. R. et. al. Inovação, persistência e criatividade superando barreiras no desenvolvimento de alimentos probióticos. Rev. Bras. Cienc. Farm. vol. 44 no.3 São Paulo Julho/Setembro.2008

COPPOLA, M. M. et. al. Probióticos e resposta imune. Cienc. Rural vol. 34 no.4 Santa Maria Julho/Agosto.2004

SAAD, S. M. I. Probióticos e prebióticos: o estado da arte. Rev. Bras. Cienc. Farm. vol. 42 no.1 São Paulo Janeiro/São Paulo.2006

STEFE, C. A, et. al. Probióticos, prebióticos e simbióticos – artigo de revisão. Saúde & Ambiente em Revista, Duque de Caxias, v. 3, no.1, p. 16-33, Janeiro/Junho.2008

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Epidemia de Obesidade.


EPIDEMIA DE OBESIDADE

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) o fenômeno atual da obesidade é considerado uma doença epidêmica. Esta doença é um problema nutricional com componentes ambientais, comportamentais, socioeconômicos e genéticos. É resultante de uma ingestão desequilibrada de alimentos (consumo calórico excessivo comparado com o gasto energético) podendo ser definida em termos de aumento do peso corporal ou alternativamente como aumento da gordura corporal total.

RAÍZES HISTÓRICAS

Os primeiros hominídeos, ancestrais dos seres humanos, surgiram nas savanas da África há pelo menos 5 ou 6 milhões de anos. Conseguir alimento naquele tempo era uma tarefa árdua, que significava perseguir a caça, andar horas e horas à procura de árvores frutíferas e disputar com outros carnívoros a posse das carcaças de animais, encontradas na direção do vôo de aves de rapina. Depois, o sacrifício de carregar as provisões nas costas para dar de comer à família na caverna.

A ausência de métodos para conservação de alimentos e a convivência intima com o flagelo da fome, num mundo constantemente ameaçado por feras e catástrofes naturais, privilegiaram a sobrevivência dos indivíduos capazes de ingerir grande quantidade de calorias de uma só vez e de armazenar o excesso sob a forma de gordura, recurso essencial para enfrentar os períodos de jejum que certamente viriam.

Por essa razão nosso cérebro, órgão responsável pelo controle do apetite começou a ser moldado para defender o estoque de energia obtida por meio dos alimentos. Esse mecanismo desloca o equilíbrio da balança entre fome e saciedade para o lado da fome.


FOME X SACIEDADE

O ato de comer depende do equilíbrio de 2 forças opostas: fome e saciedade. Nas refeições conseguimos comer muito mais do que nossas necessidades diárias, pois o mecanismo da saciedade demora alguns minutos para entrar em ação, por isso devemos mastigar bastante os alimentos e dá uma pausa após esvaziar o prato, antes de ceder ao impulso de repetir a refeição rapidamente.

O cérebro “criou” a fome, instinto tão irresistível quanto a sede, quando o estômago fica vazio e a taxa de glicose no sangue cai a níveis muito baixos, o estimulo para ir atrás de alimentos aumenta até se tornar quase insuportável. Os mecanismos que são responsáveis pela sensação de fome e saciedade que regulam a ingestão de alimentos são: o hormonal (insulina, grelina e leptina), o metabólico (glicemia) e o neural (hipotálamo e outras regiões do sistema nervoso central).


O hipotálamo é uma região do cérebro onde se encontram os centros da fome e da saciedade. Quando as reservas nutritivas do organismo de um individuo caem abaixo do normal, o centro da alimentação no hipotálamo fica muito ativo e ocorre o aumento da fome; por outra lado, quando as reservas nutritivas são abundantes a pessoa perde a fome ( estado de saciedade).

Tanto as informações de fome como as de saciedade são transmitidas através de impulsos nervosos entre os neurônios no cérebro, envolvendo a participação de muitos neurotransmissores ( seretonina, noradrenalina, dopamina). E é sobre a transmissão neural que ocorre a atuação dos fármacos anorexígenos e sacietógenos, que abordaremos mais adiante.

A fome que sentimos resulta de um equilíbrio ajustado entre esse circuitos antagônicos, construídos e selecionados por nossos antepassados remotos com a finalidade de resistir à falta de alimentos, numa época em que as refeições eram alternadas com longos períodos de jejum.
O que representou sabedoria do cérebro para enfrentar a penúria deu origem ao flagelo da obesidade em tempos de fartura.

Como conseqüência: Comer em excesso é um processo passivo e fácil de realizar. Comer pouco é um processo ativo que exige determinação e força de vontade.



REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

• Guia Pratico de Saúde de Bem-estar (Dráuzio Varella e Carlos Jardim).

• Programa de Desenvolvimento Profissional ao Farmacêutico Módulo I.

• www.jornaldaciencia.org.br acesso em 26 de agosto as 21hrs.

• O Cérebro Desconhecido (Helion Póvoa).