terça-feira, 10 de novembro de 2009

Prevalência do uso de medicamentos na gravidez e relações com as características maternas


No Brasil há crescente prática da automedicação, que somada a geniosidade do marketing, expõem inúmeras pessoas ao perigo. Perigo este que aumenta durante o período gestacional, Gestantes devem ter cuidado redobrado ao tomar medicamentos,Pois o uso indiscriminado do mesmo pode causar efeitos danosos no feto resultando em toxicidade com possíveis lesões irreversíveis .Em um estudo foi feito para verificada a prevalência do uso de medicamentos, durante a gravidez, em 1.620 mulheres que deram à luz em cinco hospitais de atendimento público, privado ou conveniado, da cidade de São Paulo, de julho a setembro de 1993 tendo como foco as características maternas, grupos farmacológicos e fonte de indicação.A relação entre escolaridade materna e atendimento hospitalar revelou desigualdade social no acesso aos diversos tipos de serviço de assistência ao parto. A prevalência do uso de pelo menos um medicamento foi de 97,6%, com média de 4,2 medicamentos por mulher. A prevalência do uso de medicamentos por indicação médica e por automedicação foi de 94,9% e 33,5%, respectivamente. As medicações mais usadas, excluindo-se as vitaminas, sais minerais e vacinas, foram os analgésicos, antiácidos, antieméticos e antiespasmódicos. Usuárias com maior uso de medicamentos tiveram as seguintes características: acima de 29 anos de idade, casadas, terceiro grau completo, atividade remunerada e acesso aos serviços privados de saúde. A assistência médica desempenhou papel facilitador no acesso ao uso de medicamentos durante o período gestacional. As mulheres deveriam ser conscientizadas dos riscos em potencial a que expõem seus fetos ao fazerem uso de tantas medicações. O pré-natalista deveria repensar seu papel diante desta problemática.


Referências:
Keila R O Gomes, Antonio F Moron, Rebeca de Souza e Silva e Arnaldo Augusto Franco de Siqueira;Departamento de Saúde Materno-Infantil da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo. São Paulo, SP - Brasil (KROG, AFM, AAFS); Departamento de Medicina Preventiva da Universidade Federal de São Paulo. São Paulo, SP - Brasil (RSS)

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