terça-feira, 29 de setembro de 2009

Qual a orientação para o paciente quanto ao uso racional de medicamentos para o tratamento da obesidade?










Qual a orientação para o paciente quanto ao uso racional de medicamentos para o tratamento da obesidade?

O tratamento farmacológico só se justifica em conjunção com orientação dietética e mudanças de estilo de vida. Os fármacos somente ajudam a aumentar a aderência dos pacientes a mudanças nutricionais e comportamentais. Dessa forma, o tratamento com o uso de medicamentos não cura a obesidade. Quando a terapia é descontinuada ou suspensa, pode ocorrer reganho de peso. Portanto, o paciente deve ser supervisionado e receber orientações constantes de médicos, nutricionistas, farmacêuticos e profissionais de educação física durante o seu tratamento. O farmacêutico durante a prestação da atenção farmacêutica pode medir a circunferência abdominal do paciente em tratamento com um agente antiobesidade. Quando esta for ≥ 102 cm em homens e ≥ 88 cm em mulheres, orientá-lo quanto ao risco de aparecimento de outras complicações, conforme já foi discutido anteriormente. Outro procedimento que também pode ser realizado é o cálculo do índice de massa corpórea (IMC), com o objetivo de avaliar o risco de aparecimento de outras co - morbidades. E por fim, o farmacêutico pode orientar quanto às possíveis interações medicamentosas, de acordo com o medicamento que o paciente está utilizando, tais como.

Interação com os anorexígenos:

Quando os hipoglicemiantes orais e/ou insulina são utilizados com os medicamentos anorexígenos, as concentrações de glicose no sangue podem ser alteradas, sendo necessário realizar ajustes posológicos do hipoglicemiante; a clonidina, metildopa e reserpina, quando são utilizadas simultaneamente com anorexígenos, podem diminuir os efeitos hipotensores; o uso com inibidores da monoamino-oxidase (IMAO) pode potencializar os efeitos simpatomiméticos dos anorexígenos, ocasionando, possivelmente, crises hipertensivas (respeitar um período superior a 15 dias após a interrupção do uso de IMAO antes de iniciar o tratamento com anorexígenos); a interação com hormônios tireoideanos aumenta a estimulação do SNC e, com fenotiazina (ex: clorpromazina), produz efeito antagônico, anulando a sua ação anorexígena;

• Orlistate:

A administração em conjunto com orlistate diminui a absorção das vitaminas D, E e beta; pode ocorrer diminuição dos níveis plasmáticos de ciclosporina durante a administração concomitante de orlistate; quando orlistate é administrado com amiodarona, pode ocorrer uma redução de 25-30% na exposição sistêmica da amiodarona, reduzindo possivelmente o seu efeito terapêutico;

• Cloridrato de sibutramina monoidratado:

Interações farmacocinéticas com fármacos que inibem o citocromo P-450 3A4 (eritromicina, cimetidina, cetoconazol), podem aumentar as concentrações plasmáticas de sibutramina; o uso concomitante de sibutramina e medicamentos que contêm substâncias como a efedrina ou pseudoefedrina, pode aumentar a pressão arterial e a freqüência cardíaca; a sibutramina não altera a eficácia dos contraceptivos orais; cautela quando a sibutramina for administrada com outras drogas de ação central

Referencias:

Halpern A, Mancini M. Tratamento medicamentoso atual. Arq Bras Endocrinol Metab. 2002 Out; 46 (5) : 497-513.

Programa de desenvolvimento profissional ao farmacêutico, Módulo I, disponível em www.eupossomesmo.com.br , acesso: 14/09/2009, Cartilha desenvolvida pela Medley

Page C, Curtis M et al. Farmacologia Integrada. Manole: 2ª. edição brasileira. 2004.


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